Resgatadas do esquecimento a que estão fadadas, as gambiarras flagradas pelo artista plástico Cao Guimarães não são apenas a solução oferecida ante a escassez de recursos nem a negativa às soluções industriais, pré-fabricadas, massificadas, conformadas. Uso e criação se confundem. Nas fotografias, Cao trata do desejo de repaginar o cotidiano não como utopia, mas como a produção do atestado de que esta intervenção acontece, na prática, todos os dias, no planeta todo. Por meio de seus objetos, retrata subliminarmente rostos e mãos das pessoas, a sua identidade única e transformadora.
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